Canoas pode ter primeiro Cartório Especializado para crimes de homofobia e de racismo
segunda-feira, 28 de janeiro de 2013A criação de um cartório especializado para crimes de igualdade racial e de homofobia centralizou a pauta de uma reunião realizada na 3.ª Delegacia de Polícia da cidade de Canoas. O encontro ocorreu na terça-feira, 22, e contou com a presença da delegada Sabrina Deffente, titular daquela DP, e de seis coordenadores municipais (Igualdade Racial, Diversidades, Bem-estar Animal, Pessoa com Deficiência, Pessoa Idosa e Juventude), além de gestores do Núcleo de Justiça Comunitária e da Casa das Juventudes – Território de Paz Guajuviras.
Assim que formalizada a sua criação, o Cartório Especializado para Vítimas de Homofobia e Racismo será o primeiro no RS e deve a qualificar o acolhimento e orientação a esses segmentos. Durante a reunião, a delegada Sabrina disse ter identificado a necessidade de criar um canal direto com a comunidade, e considera as coordenadorias um elo potencial para isso.
Como parte desse objetivo, a delegada apresentou aos coordenadores a proposta de criação desse novo cartório. “Queremos estabelecer uma linguagem adequada com os diferentes segmentos sociais. Pelo menos 30% do que chega até nós se resolveria por meio da conversa”, analisa.
Os coordenadores aprovaram a iniciativa e se colocaram a disposição para viabilizar sua efetivação. “Ter um canal para dialogar, para nós, é muito importante. Com isso, todos crescem”, considera o coordenador de Juventude, Hebert Poersch (DJ Cabeção). Atualmente a 3.ª DP de Canoas já possui os cartório especializados de Crimes contra os Animais, de Crimes contra o Idoso.
Etapas
Além do encontro com as lideranças, um outro passo nesse processo de diálogo entre a Polícia Civil local e as comunidades, deve ser a criação de um fórum permanente contra a violência. Entre outros objetivos, esse coletivo visaria propiciar o intercâmbio de demandas pertinentes a referidas coordenadorias, que chegam até a delegacia, e vice-versa. “Sabemos da imagem histórica de confronto entre a comunidade e a polícia que marcou a história da ocupação do bairro Guajuviras, sob nossa abrangência. Queremos quebrar esse paradigma de distanciamento”, explica o inspetor Moyses Lopes Prates.
Ainda em fase de articulação, o fórum deve envolver encontros mensais. A reunião definiu também um contato formal com o secretário Guilherme Pacífico, titular da secretaria de Segurança Municipal de Pública e Cidadania (SMPC), visando propor o estabelecimento de uma interlocução mais efetiva na área de direitos humanos, por meio da SMPC. Esse encontro deve ocorrer ainda neste mês.
Fonte: Prefeitura Municipal de Canoas
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